Segundo a reumatologista Liseth Acochiri Gutierrez, da CORTREL, é comum receber pacientes que estão sofrendo com dores nos punhos. Ela ressalta que isso não é uma coincidência. "Movimentos repetitivos, como digitar, por exemplo, podem causar lesões por esforço repetitivo (LER), que é uma das principais razões pelas quais as pessoas procuram um médico. Hoje em dia, não são apenas os profissionais que usam muito as mãos que correm esse risco. O uso excessivo do celular também pode causar sérios problemas nas mãos e punhos dos usuários, e isso tem se tornado cada vez mais comum. Nossos consultórios estão cheios de pacientes com dores nos punhos e mãos devido ao uso excessivo do celular", alerta.
Não se deve recorrer à automedicação. A médica do CORTREL explica que aqueles que usam o celular em excesso ou realizam movimentos repetitivos com as mãos têm grandes chances de sentir dor nos punhos, pois, na maioria das vezes, esse desconforto está relacionado à compressão dos nervos ou à inflamação dos tendões. "E isso não se aplica apenas a pessoas que trabalham ou passam o dia todo no celular. Uma pessoa que passa o dia varrendo, lavando louça ou mesmo tricotando pode desenvolver uma tendinite, ou seja, uma inflamação no local. Atividades como essas podem levar os tendões ao esgotamento", explica a Dra. Liseth.
A reumatologista da CORTREL enfatiza que é um equívoco considerar a dor nos punhos como algo comum do dia a dia, buscar um analgésico na farmácia e acreditar que tudo se resolverá em um ou dois dias. "A dor é um aviso do nosso corpo de que algo está errado. O analgésico pode mascarar a dor, e isso não é bom. Apenas um especialista pode identificar o problema e indicar o tratamento adequado. Portanto, ao menor sinal de dor nos punhos, é importante consultar um médico. Nada de automedicação!", enfatiza.
Se o punho estiver inchado, a Dra. Liseth recomenda buscar avaliação de um reumatologista. "A estrutura do punho é bastante complexa, com ossos, ligamentos e tendões, e é necessário investigar onde está o problema. Geralmente, se não houver associação do inchaço com um trauma recente, como uma queda, por exemplo, é provável que tenhamos uma doença reumática", explica.